Uns pôsteres na parede falando sobre ergonomia, a importância de um bom colchão para a coluna, as molas adequadas e os materiais mais nobres.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Com que roupa?
Uns pôsteres na parede falando sobre ergonomia, a importância de um bom colchão para a coluna, as molas adequadas e os materiais mais nobres.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Quem for pego em flagrante...
Explosão, intervalo e censura
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terça-feira, 25 de agosto de 2009
Até a Charlotte consegue
Comprou algo e se arrependeu?
Ferrou.
No Brasil, é quase impossível você conseguir seu dinheiro de volta caso, simplesmente, desista de adquirir algum produto.
Tenho a impressão de que há essa diferença entre o conceito de "consumo" entre os países de terceiro e de primeiro mundo.
Não gosto de generalizar. Mas a comparação fica bem clara quando colocamos, lado a lado, os direitos do consumidor no Brasil e nos EUA, o paraíso das compras.
Lembro bem.
Eu tinha uns 16 anos e estava de férias nos Estados Unidos. Comprei uma fita de videogame sem pesquisar os preços. Descobri que a mesma fita estava 15 dólares mais barata em outra loja.
Fiquei com muita raiva, mas meu irmão Ricardo deu a dica:
"Pô, vai na loja e pede o 'money back'. Pega esse dinheiro e compra na loja mais barata. Simples!"
Eu e ele fomos à loja de brinquedos careira. Cheguei até o balcão e perdi a coragem. Travei.
- Pô, Ricardo. Não vou pedir money back. A caixa vai me perguntar o porquê. Se o produto tem algum defeito. Se vou continuar comprando aqui na loja. Não rola!
- André, pede logo essa droga! Ela não vai perguntar nada!
- Cara, vai sim. O que eu vou dizer pra ela?
Sou uma pessoa de dilemas. Empaquei como um burro medroso.
- Não acredito, André. Pede logo! Estamos perdendo tempo!
- Será, cara? Ah, deixa isso pra lá. São 15 dólares.
- Putz, pede logo, vai, que saco! É só falar pra ela que quer o dinheiro de volta!!
- ...
- Não acredito, cara. Não acredito. Vai logo, a gente tem que ir!
Naquele exato instante, passou à nossa direita, na altura de nossas cinturas, uma pequena menina loira e com aquela cara bem de gringa. Chegou-se ao balcão e falou com a atendente. Queria devolver um briquedo que tinha comprado.
- Hi, can I please have my money back?
- Sure! what´s your name, dear?
- Charlotte.
A atendente pegou o produto e a nota fiscal, abriu o caixa e começou a contar.
10, 20, 30 dólares e 45 cents. Devolveu tudo à garotinha. Charlotte pegou o dinheiro, disse thank you, pôs no bolso e foi embora. Sumiu de nossa vista.
Ricardo a viu fazendo a curva para fora da loja e olhou pra mim:
- Viu, André! Até a Charlotte pede o money back!
domingo, 23 de agosto de 2009
Repetir e repetir
...
...
Se não brincou, podemos tentar agora.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Choque de ordem
Há uma grande, enorme contradição nesses procedimentos do choque de ordem.
Vejo muitos guardas e policiais multando pessoas que param seus carros em qualquer canto.
Na minha opinião, deveria haver uma política radical semelhante à do filho único chinês. No país asiático, cada casal só pode ter um filho porque já existem chineses aos bilhões.
Aqui no Rio, e em outras cidades do Brasil, só deveria ser permitida a circulação de uma quantidade X de veículos.
Quando o governo vai trocar o lucro fácil por beneficiar, de verdade, a cidade?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Foto-verso
imprevisto,
Na hora eu vejo,
que bicho vai dar.
Cuspindo no prato
Escada rolante
Já vi uma vendedora de loja gritando para a amiga que estava no piso inferior. Enquanto o degrau em que ela estava subia, ela mantinha a cabeça pra fora do corrimão da escada, gritando sorridente e caçoando da amiga.
Sabe aquele prazer secreto que temos de ver uma catástrofe se confirmar, sobre a qual alertamos com antecedência?
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Abraçando o desencanto
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Claro, a canção ainda é maravilhosa. Claro, o autor ainda é objeto de veneração.
Mas dominá-la faz parte do feitiço ir embora.
Em vez do êxtase, o costume.
Um acorde a mais, mais um pouco de desilusão
Em vez da magia de antes, fazer a melodia soar de seus dedos a faz parecer terrivelmente mundana.
Quando se desvendam seus acordes, surge a certeza: não é de outro planeta. É humana.
Portanto, a busca por letras como G/ D/ C/ A deve-ser feita com muita convicção.
Começar a decifrar essas estrofes é um caminho sem volta.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Mais uma do Dave
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Número 881
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Twitter: não tenho
Impliquei de primeira.
É rápido e preciso. As notícias circulam numa velocidade maior do que nos sites jornalísticos.
Somos o contrário do passarinho lépido e gracioso, figura-logotipo do Twitter, marca dos usuários da rede dos recadinhos curtos.
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Como o homem é mortal, ele tenta se perpetuar por gerações através de seus feitos, da sua arte, das suas criações.
Pra quê tirar foto de um aniversário com a família toda reunida? Para que os tataranetos possam olhar para o retrato e se lembrar dos ancestrais.
Por que os Beatles compuseram tantas músicas belíssimas? Além de ganhar dinheiro, para que nossos descendentes cantem "Let it be" daqui a 200 anos e se lembrem de Lennon e McCartney.
Por que Michelangelo teve um ataque fulminante de realização e júbilo quando terminou de esculpir o Moisés, e tirou uma lasca de mármore do joelho da estátua num rompante incontrolável? Porque percebeu que viveria eternamente através da perfeição daquela obra.
- Por que não falas??? - Berrou o artista para a escultura, maravilhado com o resultado.
O ser humano tem sede de posteridade. E não é preciso ser gênio como Michelangelo.
Com este blog, tenho profundo orgulho dos leitores que recebo aqui. E vou acumulando, um a um, os posts que escrevo.
Estão todos aí, do lado direito, organizados em ordem cronológica, ao alcance de qualquer clique do mouse.
Quem sabe, daqui a muitas décadas, estes escritos não signifiquem alguma coisa para meus netos?
O Twitter não. O Twitter não tem o mesmo tesão. O Twitter se satisfaz em migalhas de letrinhas diárias que se perdem no tempo. Frases ao vento sem esforço, sem finalidade, que se empilham e acumulam poeira.
É a pomada paliativa que satisfaz momentaneamente, mas não aplaca a dor da busca pelas verdades do mundo.
O Twitter é o chopinho do fim do dia, o papo-furado, a risada fácil, a piadinha da moda. Divertido, é verdade. Mas raso, ilusório e passageiro.
Para voar de verdade, não use as asinhas da ave risonha do Twitter.
Infelizmente, os vôos de verdade são mais difíceis, mais angustiantes, mais trabalhosos. Mas muito mais recompensadores.
sábado, 8 de agosto de 2009
Parada programada
Para manutenção... de idéias!