quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pseudo-poema

Um professor dizia

todo poema é sobre sentimento.


A única outra possibilidade,

caso seja seco e sem vida,

poesia careta e combalida,

deve ter métrica, ritmo ou rima.


Se não tiver um

ou o outro

não é poema.


Pois eu não faço poema,

Se faço, é pra contrariar.

Faço-o vazio, sem alma.


O que sinto?
.
Eu sei.
.
Vocês não.


Poesia de araque,

que esconde, oculta.


Versos inúteis,

nem métrica tem.

Rima? De vez em quando.

Feita à Bangu.


Estrofes desnutridas,

idéias caídas,

palavras a esmo,

mal-escolhidas.


Professor,

você estava errado.

Eis um pseudo-poema

sem seus pré-requisitos.


É, professor.

Acho que você estava certo.

2 comentários:

valmir disse...

Fala, André
Bom te ver pessoalmente, brother
Agora já podemos marcar chope e futebol! haha...
E olha, fã sou eu aqui das palavras que você posta toda semana!
abração

mmy disse...

que (não) poesia bonita....gostei.