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Um bom palpite para a quantidade de vagões para cada trem: uns 10, não é?
Quantas viagens devem ser feitas por dia? Milhares?
Quantas pessoas devem pegar o metrô por dia? Fácil, fácil, umas 10 mil.
Mas pra que toda essa apresentação do sistema público de transportes da capital dos EUA?
Para contar uma história difícil de acreditar.
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Um executivo trabalhava numa multinacional. Era comum viajar para fora do Brasil.
Estados Unidos e Europa eram os lugares principais do seu itinerário, mas estavam incluídos, também, México, Austrália e América do Sul.
Numa dessas viagens, conheceu uma americano de Washington. Ficaram amigos.
- John, você sabe, estou levando minha família pra Washington. Eu, minha mulher e meus filhos!
- Sério? E que bom, vocês vão adorar.
- Pois é. Eles já conhecem Miami, agora vamos fazer Nova York, a capital e depois subir pra Boston.
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- Ah, tem passeios muito bons para se fazer na costa leste. Que viagem boa.
- Então, nós já estamos nos Estados unidos. Na verdade, devemos chegar aí daqui a uns três dias. Vocês vão estar aí também, John?
- Não, não acredito! Que pena! Nós vamos viajar. Vamos sair da cidade! Temos um compromisso exatamente neste fim-de-semana. Ah, que coisa!
- Ah, tudo bem. Fica pra próxima vez!
- Isso aí. Aproveitem então. Boa viagem pra vocês.
- Obrigado, John. Tchau.
- Tchau.
Três dias depois, lá estava a família brasileira nos subterrâneos, esperando para pegar o metrô. Estava no fim da manhã. Todos estavam postos a pegar a linha que sai do bairro de Chevy Chase (é isso aí, o mesmo nome daquele ator das antigas, que fez "Férias Frustradas").
Sabe aquele barulhinho típico do metrô? Um estardalhaço do trem se aproximando à toda velocidade, depois o barulhão daquela bala metálica freando e freando, apitando e projetando massa de ar para todos os lados.
O trem parou e havia duas portas. Uma mais pra esquerda da família e outra mais pra direita (os metrôs nunca param com a entrada onde você está, já percebeu isso?)
O executivo e sua trupe preferiram entrar na porta da direita.
Um passo pra dentro do metrô, e o flagrante:
John e seus dois filhos, um adolescente e o outro criança, em pé e segurando a haste de apoio, tiveram a conversa interrompida por aquela coincidência. Os três de bonezinho com um "G" estampado, rumo ao jogo de basquete da Universidade de Georgetown.
Não dá pra afirmar que o estômago do americano congelou frente àquele encontro. Mas o queixo caído foi indisfarçável!
Dentre todos as linhas de metrô, de todos os horários possíveis, dentre todos os trens e vagões da cidade, lá estavam as duas famílias face a face.
O acaso é cruel.
Deuses do constrangimento, roguem por esta cena!
Um comentário:
É isso aí, mentira tem perna curta.
O lema é: seja sincero.
è bem melhor. bj
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