- Não senhor. Infelizmente, não posso dar um.
- Só para provar, pra ver se tá quentinho, fresquinho. Se tiver bom, vou levar 100 gramas.
- Não posso não senhor.
- É sério mesmo? Não pode dar um pãozinho? Eu não tô acreditando!
- É sério.
- Mas em toda padaria faço o mesmo procedimento. Peço unzinho pra provar. É de praxe, uma cortesia para o cliente.
- É, mas aqui é uma "padaria express" (o que quer que isso queira dizer...)
- Express? Então me dá o pãozinho que eu como "express" também, rapidinho, não conto pra ninguém... Tô brincando, mas agora sério. Que história é essa? Minha intenção é levar 100 gramas.
((Eis que passa o gerente))
- Amigo, você é o supervisor? Então já que comecei a reclamar, vou reclamar com você. É isso mesmo, vocês não podem me dar um pão de queijo pra provar?
- É isso mesmo.
- Eu nunca, nunca vi isso. Como eu vou saber se o pãozinho tá bom?
(Empáfia) - Aí você tem que confiar na nossa loja. Aqui, só vendemos produtos de qualidade.
(Não tô ouvindo isso) - Péraí. Eu não tenho que confiar nada! Eu sou o cliente! Você sabia que eu como sanduíche aqui uma vez por semana? Agora, não volto mais!
(Cara de "não posso fazer nada") - Não posso fazer nada.
- E você acha isso certo?
- Olha, imagina se cada cliente resolvesse pedir um pão de queijo, e nós tivéssemos que dar para todos... como seria?
- Cara, se 50 clientes pedissem um pão de queijo, vocês iam vender 100 gramas pra cada um, pelo menos! Ou você acha que o cara pensa "Putz, tô com uma fome! Vou comer UM PÃO DE QUEIJO daquela loja pra forrar o bucho!!"? Ninguém come só UM pão de queijo!
- Faz assim então. Você compra o saquinho e se estiver ruim, a gente te devolve o dinheiro na hora!
- Peraí! Você tá me dizendo que vocês preferem devolver o dinheiro e perder um saco cheio deles do que me dar uma unidade?
- Isso mesmo.
(Incredulidade minha. Cinismo na cara dele)
- Eu não tô pedindo pra você me dar um sonho pra provar! O sonho é vendido por unidade, não sou maluco de pedir! Mas sim um pão de queijo!!
- ...
- Tô inconformado com isso, é um dos maiores absurdos que já vi!
(Outra freguesa chega perto) - Olha, eu tô ouvindo você falar e concordo contigo.
- Tá vendo? Tem outra cliente aqui e tem a mesma opinião! Essa é uma das maiores mesquinharias que eu já vi!
- ...
- Olha, e tem mais uma coisa: Se vocês não fossem tão avarentos, isso soaria como um agrado ao cliente. Da próxima vez que eu passasse neste shopping, olharia para a loja com simpatia. Agora, vou espalhar no boca-a-boca pra ninguém mais comer aqui!
- Não posso fazer nada senhor! São ordens do dono da loja.
- Olha, você acabou de perder um cliente. Mesmo. Fui.
.
((Putz, só muito depois pensei numa coisa muito boa pra falar:
- Olha aqui, e você faz o favor de informar exatamente o que aconteceu aqui para o dono! Que um cliente disse que nunca mais voltaria aqui por causa de um mísero pão de queijo. E ainda disse que, por causa disso, iria falar mal da loja pra todo mundo! Se você não fizer, eu mesmo vou mandar um email para o dono e falar disso.))
Acaba que eu nem falei isso pro gerente nem mandei o raio do email.
Mas agora que escrevi este post e desabafei, a históra me voltou à memória... vou procurar este email pela internet e contactar a loja! Farei isso hoje!
A tal "padaria express" é a UNO & DUE, do Rio Sul.
Onde o freguês vale menos que um salgadinho.
10 comentários:
Esses caras desconhecem a velocidade do mau atendimento.
Não pelo pão de queijo q vc não comeu (de cortezia) mas pelo pouco caso como foi tratado e pela falta de argumentos.
Gde abraço.
E mais! Se o produto é de qualidade e bla bla bla..pq nao deixa provar? Eles não têm o que perder ué! Se é tãããão maravilhoso, vc com certeza vai querer repetir a dose!
p.s: nem sei mais se "têm" "tem" acento, com essa droga de reforma ortográfica. Ainda não parei para esquecer tudo que eu sei de português e aprender tudo de novo...
Hehehe...
Amor, este espaço aqui está além dos limites da reforma ortográfica!
você pode escrever como quiser!
beijos
- Por favor, um muffin fofofinho de banana.
- Aqui está, senhor, fofofinho como sempre.
- Hmmmmmmmmmm... delicioso mesmo. Obrigado, tá aqui, ó: um e cinquenta (sem trema, marie claire).
- Aumentou, senhor: agora é um e oitenta.
- Ué, como assim? de um dia pro outro?
(cara de cachorrito sem entender, mexendo a cabeça pros lados) - Como assim, senhor?
- De um dia pro outro! ontem era um e cinquenta, hoje é um e oitenta.
- Senhor, como podemos aumentar os preços sem ser de um dia pro outro?
(fazendo carinha McKinley) - não interessa, é uma absurdo! Sou cliente, tenho sempre razão!!! Avisa aí pro dono que só volto a comer aqui quando não aumentarem mais os preços de um dia pro outro. No estabelecimento da minha família, os preços são aumentados de outra maneira!!
E ele saiu sem explicar como. Um dia, quem sabe, descobriremos o segredo.
Só faltava ter a plaquinha :
"O cliente em 1° lugar."
...
Boa parte das pessoas não percebeu ainda que o futuro da economia está nos serviços. Com a crescente mecanização e informatização das produções agrícolas e industriais, o grosso do emprego e - mesmo - do dinheiro será concentrado no setor terciário. Assim, um serviço bem prestado é o segredo essencial pra cativar o cliente e mantê-lo satisfeito e retornando sempre. Aqui em Brasília o serviço é uma tristeza. São ainda amadores, do estilo do gerente da padaria mencionada no post. Quem sabe um dia eles aprendem? Nosso remédio e ter paciência e boicotar estabelecimentos assim.
Cara, deu pra ver a cena. Tem gente que não percebe exatamente os trejeitos que tem. Você sabe e descreveu aqui por inteiro o André Boaventura num balcão.
"Ôpa, amigão, tudo beleza? Deixa eu provar aí um pãozinho de queijo pra ver se eu vou curtir?"
Muito bom.
HAHAHAHHAHAHA
hahahahah o marquinhos falou tudo...
dá para ver CLARAMENTE essa cena...hahaha muito bom!
Beijos
Ehehe...
Viu só Marquinhos? Fiz a descrição sem usar foto!
Ainda bem que não sei bater foto mesmo.
qdo eu tinha escritório na Graça Aranha, no centro, fui provar o sanduiche da uno due que tinha acabado de abrir na Rua México .O primeiro foi bom; com o tempo fui enjoando, claro, mas a decisão de não mais comer lá foi a visão, num dia, de várias baratinhas passeando pelo vidro do balcão onde estavam os sanduiches.que tal?
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