segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Celular? Sou mais o meu

Por que comprar um celular novo?

Modelo recente, cheio de funções, brilhando, tinindo?

Por quê? Se celular foi feito para cair no chão??

E, de preferência, de uma altura, pelo menos, acima da cintura?

Em dois anos, o meu já deve ter caído, sem exagero, umas 60 vezes.

Às vezes, a antena é a primeira a chegar no solo. Às vezes, é visor contra o chão. Quase sempre quica de antena, de frente, de trás, e vai quicando até parar.

Quantas vezes, com pressa, vou pegar a minha carteira, minhas chaves, meu celular, a mochila e um saco plástico qualquer?
E, claro, o celular é o que tem menos 'grip'. Arredondado, assimétrico, não dialoga legal com a "pegada" da mão.

Claro que a cena seguinte é um indivíduo com cara de assustado, desesperado, cheio de objetos pendurados feito árvore de natal, e um telefone celular que acabou de lhe escapar do controle, flutuando, dando voltas no ar, rendido à gravidade, instantes antes do choque que provocará mais uma rachadura.
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A culpa é minha? Claro que não! A culpa é da pós-modernidade, que ensinou o ser humano a inventar necessidades. Hoje em dia, não vivemos sem microondas, celular, computador, internet.

Não se sai na rua sem a carteira, grana, cartões, identidade, documento do carro, e um molho de chaves só visto igual nos castelos da Idade Média: chave de casa, outra chave de casa, chave do carro, chave do cadeado, chave do armário no trabalho... e celular!

Darwin, do alto de sua divindade, poderia dar uma acelerada na evolução natural e nos fazer brotar oito braços, como um octopus... Aí sim, eu teria condições de sair de casa carregando todos os meus pertences, incluindo meu telefone móvel.

Mas enquanto isso não ocorre, continuo com meu celular velho de guerra! Brigador, destemido, cheio de cicatrizes e companheiro! Nunca me deixou na mão.
Agora, desafio alguém a fazer um I-Phone sobreviver a um mergulho legal no concreto!

12 comentários:

Anônimo disse...

hahahha...tb sou dessa teoria!

Já vi um monte de gente ficar mal pq teve o celular roubado. Eu até ia ficar triste com a minha agenda, mas meu celular mesmo deve ter custado uns 50 reais. Isso sem aquele desconto que toda operadora dá para q se renove o contrato. Hj vc vê celular maneiríssimo, que ja foi mais de mil reais, sendo vendido por 100 ou 150. O meu nao. Custou 50 de verdade. É o preço real dele. Então imagine o nível da peça...mas é isso aí. Para mim é só para ligar e atender. De resto é tudo frescura.

Beijao

Rach disse...

tb sou dessa teoria, dé! é isso aí. celular foi feito pra cair.
troquei meu velho de guerra, que de tanto cair ficou sem botões. tá, ele já era moderno demais para o solo, mas até que durou.
o novo, parece que se sente atraído pelas forças do centro da terra. mas já tá muito quebrado. muito machucado. e é todo moderno.
de que adianta, né?

Anônimo disse...

Realmente essas modernidades são um saco. Tá certo que ele quebra um galho de vez enquando , como por ex. vc fica parada no meio da rua sem gasolina e pede socorro, mas há casos tb que não contrariando a Lei de Murphy, quando vc precisa dele, ele está sem bateria. É ou não é.ahahah.
Enfim, pessoal ele só serve pra mim só para ligar quando necessário e responder não tão necessário, às vezes.bj

Daniel Karrer disse...

Show cara, combina com você. Conversa com mendigo, dá carona para mendigo, dá abraço no mendigo, recebe presente do mendigo, tem um celular de mendigo!
Monotemático, não?

Anônimo disse...

adorei o comentário desse tal de daniel karrer...

Anônimo disse...

quem disse que adorou o comentário desse tal de daniel karrer não foi um anônimo, fui eu, mamy

André B. disse...

Isso aí, Daniel!
E de tão democrático o blog, até mendigo pode comentar os posts!

Daniel Karrer disse...

Nossa cara, pelo nível de seu reply, até o seu senso de humor (ou falta de) é de mendigo.

Rach disse...

celular de mendigo? a classe nada favorecida do rio tá bonada, hein?

André B. disse...

Não é isso não, Rá.

É que uns e outros aqui no Rio tão com $$ pra demonstrar repulsa por objetos que não sejam do último modelo!

Fernando Burgés disse...

ihhhhh

Daniel Karrer disse...

Não confunda ausência de riqueza com desleixo meu amigo poeteiro.