quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Valet tudo?

É assim que a banda toca:

Você decidiu ir de carro para aquele restaurante bacana.
Chegando lá, não tem vagas. Tudo lotado.

Nos poucos espaços vazios, há cones deixados por não sei quem.

Parar em cima da calçada não é uma solução, certo?
Além de impedir a passagem de cadeiras de rodas ou carrinhos de bebês, é um convite ao reboque.

O que fazer então?

Entregar a chave na mão do pomposo "valet parking". A quantia cobrada, no Rio, varia entre 8 e 10 reais, o quíntuplo do valor cobrado pelos Vaga-Certa da prefeitura. Um absurdo.

Mas o cúmulo não é o preço salgado. Pior ainda é descobrir, quando você sai do restaurante, que o manobrista estacionou seu carro exatamente NO LUGAR ONDE ESTAVA O CONE ou EM CIMA DA CALÇADA!!!!

Já perceberam este fenômeno???

Nós, cidadãos, não podemos nem pensar em tirar um cone do lugar, para não insultar o dono da rua!

Também não podemos parar em local indevido!

Por que o Valet Parking pode estacionar onde bem entende, sem ser incomodado pela polícia, cobrando preços extorsivos dos clientes???

Busco respostas! Podem ser enviadas para os comentários aí embaixo!

7 comentários:

Anônimo disse...

Num desses blocos desses dias de folia, fui de chapéu de cone pro meio da rua. Veja só, me fantasiei logo daquilo que nos impede de ir e vir, daquilo que nos impede de continuar o percurso, que nos lembra que a rua tem dono e o espaço público não é público. E pensei que só eu iria de cone pro meio do bloco. Foi a epidemia desse carnaval. Todo mundo é um pouco cone. Todo mundo se sentindo um tanto dono do que é público.

André B. disse...

É verdade... muitos se sentem donos do que é público.

Um exemplo? Os "mijões" que fazem dos muros e meios-fios seus banheiros particulares.

Mas há, também, outra interpretação para estes homens-cone que todos somos.

Um ângulo mais "futebolístico" do que seria um cone humano.

Todo mundo se sente um pouco cone, sem vontade própria, sem direitos a serem respeitados, sem direito de se indignar.

Em meio aos desmandos mil das autoridades e outros cidadãos, por vezes nos sentimos insossos e sem voz. Desrespeitados, ignorados.

Cones.

Daniel Karrer disse...

Resposta: Você, que tem dignidade, paga 8 reais para um cara que não tem, e que irá exercitar sua cara de pau de parar o seu carro em um lugar proibido ou reservado por um cone!

Anônimo disse...

bem, o que eu acho he que existem mil formas de apropriacao do espaco publico e nem sempre nos damos conta disso em funcao de nossa comodidade.essa do cone he uma.podiamos comecar a listar quais sao as outras que nos passam desapercebidas e que, talvez, nos venham a deixar bolados, "xi, nem tinha percebido...".qto a dignidade daqueles que colocam os cones para depois colocar os carros, so lembro a esse tal de " Karrer" que eles nao sao os donos do restaurante mas, sim, assalariados-o lado positivo da historia, ao menos eles tem um empreguinho- e por isso, sempre dignos...(quem convidou esse cara?)

Anônimo disse...

ué, a gente paga pelo serviço no Koni mesmo quando pegamos a comida no balcão, pagamos 2 reais (ou mais!!) para o flanelinha nao arranhar nosso carro, temos que ter o "dinheiro do ladrão" que é para o cara nao ficar puto e resolver atirar...

e no meio disso tudo tem tb o valet parking..

ou seja, a gente é muito otário...

valeu,

bjs

Daniel Karrer disse...

suponho então que se um cara é contratado para matar alguém, ele continua com a dignidade porque ele é assalariado?

Unknown disse...

Mommy, Daniel:

Não briguem. Eu tenho um casamento para ir no dia 06 de junho e eu espero q vcs dois compareçam!