sexta-feira, 17 de abril de 2009

5 pinturas essenciais

1- Monalisa, de Da Vinci


2- Guernica, de Picasso



3- Noite Estrelada, de Van Gogh


4- A Criação do Homem (Capela Sistina), de Michelangelo


5- As meninas, de Velazquez

Estou meio atrasado, admito.

A revista Bravo! lançou, há 4 meses, uma edição com as 100 pinturas essenciais da humanidade, todas por ordem de importância.

E cravou que as 5 principais são essas daí.

A campeã foi a Monalisa... unanimidade.
Será?

Por que boa parte da humanidade chegou a essa conclusão? A de que um pequeno quadro de uma mulher posando é mais importante que uma gigantesca e espetacular pintura no teto de uma igreja, com traços grandiosos e expressão corporal comovente?

Por outro lado, aquele modesto quadrinho é, inegavelmente, mais influente que as figuras de Deus e o Homem quase se tocando com os dedos (composição que quase cobrou a visão de Michelangelo. Ele pintava em cima de uma escada e tinha gotas de tinta tóxica pingando nos olhos).

E como trazer para o jogo das comparações duas obras que, aparentemente, demonstram menos técnica que o traçado perfeito do Renascimento? Como comparar um Van Gogh e um Picasso à Monalisa e à Capela? Que critérios usar?

Noite Estrelada seduz pelas cores, Guernica pelo drama de guerra retratado no desespero das figuras.

E o quadro de Velazquez, talvez o mais cerebral deles? Escuro, sombrio e misterioso.

No fundo, fazer listas e eleger os melhores é meio papo-furado. Não leva a lugar nenhum.

Gosto é gosto e cada um tem o seu. Não há como "rankear" certas coisas.

Por outro lado, esse exercício de contrastes pode levar a boas discussões.

Em meio a prós e contras, abro mais uma enquete:

Dessas cinco, qual é a sua pintura favorita?
Vote ali em cima na página, à direita.

Vamos ver se importância tem a ver com preferência pessoal.
Em termos de influência, a Revista Bravo diz que é a Monalisa. Você concorda?
Você acha justo a Monalisa ser considerada essa Coca-cola toda?

Para responder, é só clicar aí embaixo, nos "comentários".

Quem quiser listar a ordem de importância, pode também. E quem acha que falta algum quadro nesse TOP 5, por favor se manifeste! (Pra mim, faltou "O Grito", de Munch)

Vou deixar essa enquete varar feriado adentro. Vamos ver que bicho vai dar.

10 comentários:

Remi disse...

Certo, estou em uma grande dúvida por enquanto, entre a Guernica, a Mona Lisa ou a Criação do Homem... Gosto muito muito muito das três, mas acho que vou ficar com a Criação do Homem, mesmo... Ainda não sei... veremos... ^o)

MClara disse...

Vou fazer um comentário bem resumido, porque eu tinha escrito um de uma página, haha. A Monalisa é um tema complicado para mim. Simplesmente porque eu acho que não entendi a pintura. O Da Vince é um gênio, isso eu sei. Eu acho um dos caras mais gênios de toda a história. Então me preocupo quando percebo que eu não acho essa obra NADA DEMAIS. Eu não devo ter entendido a genialidade no quadro. Sabe quando você sai do cinema, tá todo mundo falando que o filme é o máximo e vc achou um lixo? Não é possível, o problema só pode ser você.

Eu acho que alguém olhou uma porrada de quadro da época e falou: “esse! Esse aqui vai ser o maior quadro da historia. Vamos enaltecer esse aqui”. As gerações foram aceitando como verdade, e hoje ela se tornou aquele quadro comum atrás de um vidro à prova de balas e um segurança que organiza uma fila de metros e metros para que os visitantes possam ficar apenas 5 segundos em frente à “Ela” (5 segundos que as pessoas gastam tirando fotos, em vez de apreciar...e foto da Monalisa, todo mundo sabe, não é difícil de encontrar por aí).

Eu não estou dizendo que eu não tenha ficado tensa de estar de frente para Ela. Eu fiquei. Do mesmo jeito que eu ficaria se visse o Papa de perto (apesar de eu não estar nem aí, porque nem católica eu sou). Não é pelo Papa, não é pelo quadro. È pela dimensão que tomou, pela aura e blá blá.

Ela sorri, alguns dizem...legal. Talvez ela olhe para você onde quer que você esteja. Nossa, maneiro. Mas daí a ser o maior quadro da humanidade? Peraí! Isso porque eu não to nem falando do tamanho dela. Para mim isso não entra nem em questão. As pessoas ficam revoltadas quando vêem que ela tem 77 × 53 cm. Eu nem fiquei, porque acho que não é o tamanho que define a obra.

Não estou dizendo que eu não goste do quadro. Eu até gosto, mas não pararia para ficar olhando num museu se não tivesse tomado toda essa proporção. Alguns vão defender que ela foi revolucionária, diferente de outras obras da época. Acho que tantos outros quadros quebraram com movimentos da época e nem por isso são valorizados...

Estou entre Guernica e Noite Estrelada...
Beijão

marina w. disse...

noite estrelada!

valmir disse...

Voto em: 'Noite Estrelada, de Van Gogh'. Vc sabia que ele era daltônico??? Pq isso o abuso e tintas azuis em seus quadros.

Remi disse...

MClara!
Não acredite que você é a culpada de não gostar de alguma obra ou de algum filme!
Eu adoro a Mona Lisa, todos adoram a Mona Lisa, mas não é por isso que TODOS têm que adorar a Mona Lisa!
Por exemplo: Gran Torino, todos a-d-o-r-a-r-a-m o filme! Eu assisti na pré-estreia (no noitão). Saí da sessão com uma cara de "que bosta!", imaginei que ninguém teria gostado, ainda! Ao saber que TANTA gente tinha gostado (até meu pai chegou a gostar do filme, e deve ser o primeiro filme moderno que eu o vejo dizendo "não, esse filme é bom!"), nem se passou pela minha cabeça que era porque o filme, na verdade era bom! Eu só considerei que meu gosto é diferente do da maioria, nesse caso! (Não em todos os casos, por exemplo: não sou a exessão odiadora de Laranja Mecânica).
Ou seja: não é porque todos gostam que você também tem que gostar, mesmo quando é uma coisa que realmente TODOS gostam!

André B. disse...

A questão é boa!

Será que, numa realidade paralela, a Monalisa não teria o valor que possui hoje?

Será que ela foi, de fato, superestimada?

Seria a fama do quadro obra do acaso?

Eu não tenho certezas. Só perguntas.

Quanto ao fato de Van Gogh ser daltônico: Eu tinha apenas ouvido falar disso, mas nunca tive certeza. Se for verdade mesmo, foi uma deficiência em boa hora! Nos libertou de conceitos "mauricinhos" demais que definiam a pintura!

HBO disse...

Difícil, mas não impossível escolher. Fiquei realmente na dúvida entre duas, a do Van Gogh e Guernica, mas no fim escolhi Guernica. Para mim, retrata a dor e a época triste que Picasso viveu . Acho bárbaro como ele retrata até nos animais essa dor. bj

Remi disse...

Acabei ficando com a criação do homem. Tirei a Guernica, porque olhei pra ela, agora, e não me tocou muito.

A Mona Lisa eu gosto muito, mas não consigo dizer por quê, fiquei com raiva disso.

Decidi então votar na Criação do Homem, mesmo, porque eu gosto muito mesmo dessa obra, e sei dizer por quê:
Existe uma grande mágica passando entre um dedo pro outro, o dedo de Deus e o dedo do Homem e eu consigo ver tão bem essa mágica, apesar de não ter religião, nem nada! Além do que, tem uma suavidade tão grande nessa imagagem! Ninguém parece bravo, ninguém parece irritado, ninguém parece apressado, e se eu fosse fazer a imagem em movimento, seria muito devagar, Deus chegando até Adão, muito aos poucos. Acho essa pintura muito, muito legal!

Cristiano disse...

Fiquei entre noite estrelada, as meninas e guernica. Não que os outros dois não sejam fenomenais, mas acho que já estão mais massificados. Já enjoei, como uma música que toca demais nas rádios. Mas acho que fico mesmo com a noite estrelada, que tem cores magníficas e um movimento impressionante. E por essa mesma razão senti falta de o grito na lista. Este é possivelmente o quadro que mais mexe comigo. Gosto demais dele, desde o ninth grade, que tinha um poster do grito na sala do McSheehy (lembra Drei: an apple a day keeps the shrink away).

Adrianna disse...

Bem...
Quanto a não "entender" um quadro, ou não saber explicar o porque ter gostado do mesmo, Isto é arte!
Quando olhamos uma obra digna de ser chamada arte, o entendimento pouco importa. O que sentimos diante dela é belo exatamente por essa sensação de estar diante de algo inédito aos nossos sentidos, e ao mesmo tempo tão íntimo deles... Sendo assim, tudo passa a ser extremamente pessoal. E o fato de uma obra atingir os sentidos de tantos, por tanto tempo, um mistério maravilhoso. Das cinco a que mais me toca: Noite estrelada.