Estive na China duas vezes em 2008. Nas duas ocasiões somadas, foram dois meses no país.
Escrevi as frases abaixo enquanto estava lá.
Mais de um ano depois, resolvi dividir:
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Estar do outro lado do mundo é filosoficamente interessante:
É quase como conquistar a lua.
Onde mais posso ir? - pensa o astronauta.
Quando se chega tão longe no globo, o que resta a explorar?
Descobre-se, a olhos vistos, que o mundo é finito.
A China, para os brasileiros, é um símbolo do inatingível.
"Nem aqui nem na China"; dizemos.
Os povos antigos viam o mundo como algo sem fim, misterioso, a ser explorado por toda a eternidade.
Mas botar os pés na Ásia e perceber que, em muitos sentidos, ela se parece com o ocidente é colocar um ponto final no mundo.
É deparar-se com o limite da megalomania humana.
Sim, estamos presos no planeta terra.
Não há mais mistérios a descobrir.
4 comentários:
Cara, concordo com isso, apesar de nunca ter estado na China. Cada vez que viajo e conheço um novo país, penso ‘menos um’. Ao invés de mais um! E o mundo vai se encolhendo.
É impressionante.
Suponhamos que fossemos capazes de conhecer todos os lugares do mundo, o que é impossível.
Será que sentiríamos frustração por não ter mais o que conhecer?
Será que teríamos uma sensação claustrofóbica, a mesma de um presidiário enclausurado?
Talvez um indivíduo apenas não tivesse esse sentimento. Mas a humanidade já deixou claro que se sente assim.
Presos? Há uma infinidade de coisas por ai para se ver e se fazer. Se estamos geograficamente limitados; não nos limitemos na capacidade de transformação humana. Nenhum lugar é o mesmo; mesmo à segunda vista! ;)
China?
Fala sério... essa é a semana em que posso tirar onda! Já estive em Cachoeiro de Itapemirim!!
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Mas... já que tô aqui: cada vez que leio o blog, descubro mais do mundo, das pessoas, de mim mesmo. Imagina o que há para aprender e conquistar a cada dia. Vai muito além dos limites físicos. E olha que mesmo esse ainda está por ser cada vez mais desafiado.
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