quarta-feira, 8 de julho de 2009

Antipaparazzi


Já viram a bolsa antipaparazzi que foi inventada?

O fotógrafo bate o flash e um dispositivo reflete a luz, impedindo que a celebridade vire capa de revista.

Meu amigo Marquinhos, no blog dele Dois Cliques, começou uma discussão muito boa.

Eu dei um pitaco.

Vejam só:
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Li no G1 que desenvolveram a primeira bolsa antipaparazzi.

Em vez de a dona atirar a bolsa sobre o fotógrafo, como já vimos tantas vezes por aí, um dispostivo (led) reflete o flash estragando a foto. Vamos ver qual vai ser a primeira celebridade a usar a invenção. Lindsay Lohan, Amy Winehouse ou Britney Spears?

O inventor diz ainda que estuda maneiras de diminuir o tamamho do led para que ele seja cada vez menor e, portanto, possa estar em uma gravata ou colar. A tecnologia anda dos dois lados e uma questão ética virá pela frente. As câmeras, não demora, vão ter mecanismos anti-led. Claro.

Aí vão dizer o seguinte, “mas a Canon está desenvolvendo câmeras para que a privacidade das pessoas seja invadida?” A discussão parece boba? Não é não.

E se sairmos da área de celebridades e entrarmos em outros terrenos? Os senadores de determinado país não querem ser fotografados na sessão que trata de mais um aumento salarial.

Apesar da cobertura da imprensa, eles estão sorridentes, todos com dispostivos na gravata que inibem flashes. Estranhamente, justo neste dia, a luz do Senado está fraaaca. Será coincidência?

Será que não pagaram a conta de luz?
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Marquinhos,

quando vi a notícia da bolsa que emite esse Flash estraga-prazer de paparazzi, confesso, até achei bom.

Afinal, talvez o dispositivo servisse para trazer um pouco de bom senso à celebritymania. Um basta aos exageros.

Um contra-ataque em forma de luz espocada na lente do fotógrafo, e, mais importante, na cara das grandes revistas e sites ultrafúteis.

Mas quando você fez sua ponderação e usou Brasília como exemplo, parei pra pensar:

- É mesmo. E quando o grande prejudicado for o interesse público? E quando os caras-de-pau da capital começarem a usar a ferramenta para poder chafurdar em paz, ainda mais, na própria sujeira?

Quer saber? Talvez toda essa discussão sobre os flashes daqui e flashes de lá sirva para trazer à luz que, na verdade, o que precisamos é de um competente sistema judiciário e um bom sistema legislativo.

Só assim para punirmos, independentemente de câmeras, bolsas e fotos, os canalhas que merecem ser punidos e a mídia que ultrapassa as fronteiras da privacidade.
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E vocês? São a favor ou contra do dispositivo antipaparazzi?

E são a favor ou contra o desenvolvimento de câmeras que consigam "driblar" este recurso?

Um comentário:

Maria Clara disse...

Acho que vai ter muuuita gente que nao vai querer usar essa bolsa, viu..
mais do que a gente imagina...
tipo aqueles que ligam para os paparazzi para avisar onde vão...