domingo, 14 de dezembro de 2008

Memorizando números


- Alô, posso falar com o Gerson?
- Quem é?

- Ah, aqui é o André.

- Oi, André, tudo bem? Aqui é a mãe dele! É que o Gerson tá com outro telefone, esse aqui tá comigo agora

- (Oh, shit) Ah, tudo bem! Eu não sabia.

- Quer o número novo dele?

- Quero

- Oito dois oito meia..... três cinco quatro três.


((PAUSA NA HISTÓRIA: ESTE É UM MOMENTO CRUCIAL. ANDRÉ SÓ VAI CONSEGUIR RETER O NÚMERO, REPETIDO MENTALMENTE VÁRIAS VEZES, SE A CONVERSA TERMINAR AGORA, SEGUIDA DA DISCAGEM DO NÚMERO. MAS, OBVIAMENTE, NÃO É O QUE ACONTECE))


- Oito dois oito meia... três cinco quatro três (8286-3543, 8286-3543, 8286-3543...)

- Tá bom, dona Ingrid, beijão.

- Mas e aí, André. Como estão as coisas? Tem trabalhado muito?

- Ér. Bem, sim! Muito trabalho, sabe como é. Lá eles exploram muito, hehe. (Cacete, vou esquecer esse número!)

- Ai, que bom. Mas é melhor ter trabalho do que não ter né? E enquanto tiver com saúde, então. Isso é o que importa não é?

- É sim, dona Ingrid. Bem, vou ligar lá pro Gerson então. (Como era mesmo? 8286... 35... ?)

- Tá bom, meu filho. Bom falar com você. Venha mais aqui em casa, tá?

- Pode deixar, um beijão!

- Beijão, tch... Ah, e manda um beijo pra sua mãe também!

- Tá bem, beijo tchau!


(Saldo final: O número sumiu do HD cerebral. Um bom-papo bom-nível com dona Ingrid. E sem chance de ligar de novo pra pedir repeteco)


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